Economia verde: principais desafios no Brasil

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Economia verde
Imagem: Canva

A economia verde é um conceito que busca conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental. Com isso, promove a transição para um modelo de produção e consumo mais sustentável e inclusivo. 

Nesse sentido, a economia verde visa reduzir as emissões de gases de efeito estufa, aumentar a eficiência no uso dos recursos naturais, gerar empregos verdes e melhorar a qualidade de vida da população.

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No entanto, a implementação da economia verde enfrenta diversos desafios no Brasil, que vão desde a falta de uma política nacional integrada até a resistência de setores tradicionais da sociedade. 

Neste artigo, vamos abordar alguns dos principais obstáculos e possíveis soluções para a promoção da economia verde no país.

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Desafio 1: Política nacional de economia verde

Um dos principais desafios para a economia verde no Brasil é a ausência de uma política nacional que oriente e coordene as ações dos diferentes níveis de governo, do setor privado e da sociedade civil. 

Apesar de existirem iniciativas isoladas em algumas esferas, como o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o Código Florestal e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Sustentável, não há uma visão estratégica e integrada que articule os diversos instrumentos legais, econômicos e institucionais para a transição verde.

Uma possível solução seria a criação de um marco legal específico para a economia verde, que estabelecesse as diretrizes, os objetivos, as metas, os indicadores e os mecanismos de financiamento, monitoramento e avaliação das políticas públicas relacionadas ao tema. 

Além disso, seria necessário fortalecer os espaços de participação e diálogo entre os diferentes atores envolvidos, como o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Além do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC) e o Comitê Interministerial de Mudança do Clima (CIM).

Desafio 2: Incentivos econômicos à economia verde

Outro desafio para a economia verde no Brasil é a falta de incentivos econômicos que estimulem as práticas sustentáveis nos setores produtivos. 

Ainda predomina no país um modelo baseado na exploração intensiva dos recursos naturais, na geração de resíduos e na emissão de poluentes, que não internaliza os custos ambientais e sociais das atividades econômicas. 

Por outro lado, as iniciativas que buscam reduzir o impacto ambiental ou gerar benefícios sociais enfrentam dificuldades de acesso ao crédito, aos mercados e às tecnologias verdes.

Uma possível solução seria a reforma tributária verde, que consiste em alterar a estrutura dos impostos para favorecer as atividades que contribuem para a economia verde e desestimular as que prejudicam o meio ambiente. 

Por exemplo, poderiam ser reduzidos ou isentos os impostos sobre os produtos orgânicos, reciclados ou renováveis. E aumentados ou criados os impostos sobre os combustíveis fósseis, os agrotóxicos ou os produtos descartáveis. 

Desafio 3: Educação e conscientização

Um terceiro desafio para a economia verde no Brasil é a falta de educação e conscientização da população sobre a importância. Além dos benefícios da transição para um modelo mais sustentável e inclusivo. 

Ainda há uma cultura predominante de consumo excessivo e desperdício, que não leva em conta as consequências ambientais e sociais das escolhas individuais e coletivas. Além disso, há uma baixa participação cidadã nas decisões políticas que afetam o meio ambiente e o desenvolvimento do país.

Uma possível solução seria a incorporação da educação ambiental como um eixo transversal em todos os níveis de ensino. Ou seja, desde a educação infantil até a educação superior, profissional e contínua. 

A educação ambiental deveria promover o desenvolvimento de valores, atitudes, conhecimentos e habilidades que permitam aos indivíduos. Além grupos compreender e atuar de forma crítica e responsável diante dos desafios socioambientais.

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