
O orçamento público é o instrumento por meio do qual as diferentes esferas de governo — Federal, Estadual e Municipal — destinam recursos para diversas despesas, garantindo o equilíbrio das contas públicas. Ele permite que os governos planejem como utilizar os recursos disponíveis de forma eficiente e responsável.
Todo o planejamento financeiro do governo é elaborado a partir de uma organização prévia dos recursos monetários, considerando receitas e despesas previstas. Essa organização é fundamental para evitar desequilíbrios fiscais e garantir a continuidade dos serviços públicos.
Dessa forma, os impostos arrecadados e outras fontes de receita estimadas pelos governos são distribuídos de acordo com prioridades e necessidades, assegurando que áreas essenciais, como saúde, educação e segurança, recebam o investimento necessário.
Orçamento público é o planejamento de recursos financeiros do Estado: Entenda esse orçamento

Discussão sobre orçamento público é uma das principais pautas das propagandas eleitorais. No auge das Eleições 2022, o termo é um dos mais citados e questionados em debates e nos planos governamentais.
Tudo isso por pensar que é essa programação financeira que permite o investimento em determinadas áreas, ou, por vezes, a implantação de novos projetos, que podem ser determinantes para um determinado governo.
Assim, Orçamento Público é um planejamento financeiro que detalha a previsão dos recursos que o Estado vai arrecadar. A programação de receita e despesa garante a organização anual dos governos.
Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA)

A importância do Orçamento Público é tamanha, que existe lei que rege a forma de gastar e de distribuir o dinheiro a público arrecadado. A LDO orienta a LOA, ou seja, define as metas e prioridades da administração pública durante o ano.
O Executivo que elabora A LDO e a LOA. Depois o Congresso Nacional analisa e vota. Para a aprovação desses orçamentos, é comum haver muitas negociações e reivindicações vidas dos parlamentares.
No ano de 2021, por exemplo, com a pandemia da Covid-19 as leis orçamentárias precisaram levar em conta um aumento do investimento, de emergência, na saúde e naquelas pessoas que, por questão de saúde pública, não puderam trabalhar.
As políticas públicas são contempladas desse orçamento. A cada ano é levado em consideração a situação financeira dos brasileiros, inflação, salário e segurança pública, por exemplo.
O orçamento público é previsto em constituição. Logo, desde 1988 ela é obrigatória em todos os níveis de governo. Ou seja, é preciso cumprir todas as fases:
- Discussão
- Elaboração
- Aprovação
- Execução
- Avaliação
- Julgamento do orçamento
Gastos mínimos e orçamento participativo
Existe prioridade em algumas áreas. Logo, tem um percentual, que não pode ser menor, que o estipulado. Para a saúde, por exemplo, devem ser destinados, no mínimo, 13,2% das despesas.
Já para a educação, o mínimo estabelecido é de 18% da arrecadação de impostos. Da mesma forma, outras áreas como segurança e assistência, não há um mínimo constitucional estabelecido.
Na esfera municipal, por outro lado, tem o orçamento discutido de forma participativa. Ou seja, com participação direta da população. Os cidadãos podem discutir as prioridades de serviços e investimentos municipais.
Nas Casas do Povo, em cada município, são discutidas e votadas semanalmente. As propostas acontecem através de fóruns e audiências públicas.
Só depois desta discussão, o projeto mais votado entra na respectiva lei orçamentária do Município.
As negociações em torno de questões orçamentárias reforçam a importância das relações institucionais e governamentais. De mesma forma reforça a importância de a população acompanhar o processo de elaboração, votação e até mesmo fiscalização da aplicação do Orçamento Público.
Você já participou de alguma audiência pública de seu município? Exerça seu direito de cidadão e fiscalize o investimento do Orçamento Público de sua cidade, de seu Estado e fique por dentro do que os governos, que foram eleitos com seu voto, priorizam ao longo dos anos.
Principais fontes de receita do governo
O governo arrecada recursos a partir de diferentes fontes, que incluem impostos federais, estaduais e municipais, contribuições sociais, taxas e receitas patrimoniais. Esses recursos são essenciais para financiar políticas públicas e garantir a continuidade dos serviços oferecidos à população.
O planejamento das receitas permite que o governo estime quanto terá disponível ao longo do ano, ajudando a organizar os investimentos e a priorizar áreas essenciais como saúde, educação e segurança.
Além disso, o controle das receitas possibilita ajustes em casos de variação na arrecadação, evitando desequilíbrios fiscais e assegurando a estabilidade das contas públicas.
Tipos de despesas públicas
As despesas públicas podem ser divididas em investimentos, custeio e transferências. Os investimentos incluem obras, infraestrutura e aquisição de equipamentos; o custeio abrange salários, manutenção de serviços e funcionamento da administração; e as transferências envolvem repasses para municípios, estados ou programas sociais.
Planejar adequadamente essas despesas é fundamental para garantir que os recursos sejam aplicados de forma eficiente e que serviços essenciais cheguem à população de maneira adequada.
Além disso, a definição de prioridades permite que o governo reaja a emergências, como crises sanitárias ou econômicas, direcionando recursos para onde são mais necessários.
Impacto do orçamento público na vida do cidadão
O orçamento público influencia diretamente a vida de cada brasileiro, pois determina quanto será investido em áreas como saúde, educação, segurança e transporte. Uma gestão eficiente do orçamento garante serviços públicos de qualidade e acessíveis.
Por exemplo, a construção de hospitais, escolas e estradas depende do planejamento orçamentário e da correta alocação de recursos, afetando diretamente a rotina da população.
Além disso, a boa aplicação dos recursos ajuda a reduzir desigualdades regionais e sociais, promovendo uma distribuição mais justa dos benefícios do governo.
Orçamento público e transparência
A transparência no orçamento público permite que cidadãos, órgãos de controle e instituições acompanhem como os recursos estão sendo arrecadados e aplicados. Portais de transparência e relatórios detalhados são ferramentas importantes nesse processo.
Ao garantir acesso às informações, a população pode fiscalizar e cobrar a correta aplicação dos recursos, reduzindo riscos de corrupção e desperdício.
Além disso, a transparência fortalece a democracia, pois permite que os cidadãos participem de forma mais ativa nas decisões sobre investimentos e prioridades do governo.
Participação cidadã no orçamento
Em muitas cidades e estados, a população tem a oportunidade de participar da elaboração do orçamento público por meio de audiências, fóruns e conselhos. Essa participação permite que os cidadãos sugiram prioridades e acompanhem a execução das políticas públicas.
O orçamento participativo é uma ferramenta democrática que ajuda a aproximar a população da administração pública, garantindo que as necessidades locais sejam atendidas de forma mais eficaz.
Além disso, a participação cidadã contribui para a construção de um governo mais transparente e responsável, fortalecendo a confiança entre sociedade e administração pública.
Desafios na execução do orçamento
A execução do orçamento público enfrenta desafios como atrasos na aplicação de recursos, desvios de verbas e necessidade de ajustes emergenciais. Esses obstáculos podem comprometer a entrega de serviços essenciais à população.
Outros desafios incluem mudanças nas prioridades políticas, flutuações na arrecadação e crises econômicas que exigem redistribuição de recursos para áreas emergenciais, como saúde e assistência social.
Superar esses desafios exige planejamento, fiscalização eficiente e participação ativa da sociedade, garantindo que o orçamento seja executado de forma justa e eficaz.
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